Tivemos a oportunidade de refletir sobre rotinas, conflitos e saberes pedagógicos e realizamos nossa primeira intervenção pedagógica nesse curso,em um espaço de educação formal. Planejamos nossas ‘vidas’ na escola com a construção de nossos planos de ação . Observamos, vivenciamos, para depois idealizarmos nossas oficinas. Com isso, planejamos e replanejamos, sistematicamente, nossa ação pedagógica, para depois,desenvolvê-la, e avaliamos. Alguns de forma individual, outros em grupos, mas todos amparados de alguma forma, pela turma toda e pela equipe de professores.O desenvolvimento da disciplina e os relatórios finais, de uma forma geral,demonstram as efetivas construções de conhecimentos e percepções.
Nesse Estágio Supervisionado 3 nossa proposta é ampliarmos a experiência de estágio para além dos muros da escola tomando a cidade como referência para a elaboração de projetos de ação educativa. Consideramos que é em uma “escala intra urbana que a vida cotidiana e a relação entre cidade, cultura e cidadania podem ser analisadas com maior profundidade. O desafio é olhar para a cidade de uma maneira diferente. Ver aquilo que nunca havíamos prestado atenção no contexto cotidiano, no dia a dia. Pensar a cidade enquanto um organismo vivo, dinâmico, que trás uma história construída ao longo dos tempos (seja ela recente ou de longa data), uma história feita pelos seus habitantes, cada um com suas relações, suas profissões, seus ofícios, sua cultura; a cidade formada, por seus lugares; físicos, afetivos, simbólicos. A cidade que é feita pelas mãos daqueles que as constroem. Assim no Estágio 3, propomos a discussão de cidade como produçãode espaço urbano e consideramos a importância da superação do entendimento de organização do espaço para o entendimento de espaços produzidos e suas contradições. A compreensão da cidade como produção, fundada em racionalidade e contra-racionalidades leva-nos a uma perspectiva favorável a uma educação para a vida, e para uma vida melhor.
Tornar o familiar estranho!
A arte que existe em nossa vida cotidiana é invisível. No entanto, quando a arte local é interpretada a partir do seu contexto, essa interpretação aciona não só uma maior compreensão da arte em si, mas também uma análise crítica do sistema de produção e dos valores nela refletidos. Assim o perturbamento do familiar torna visível a arte e a cutura locais, consistindo em um passo essencial para compreender a identidade cultural que possuímos, convidando a um envolvimento e uma reflexão sobre as possibilidades de mudança, nos possibilitando identificar formas de autoria em diferentes grupos culturais e os sistemas de valores que as sustentam enriquecendo o discurso atual em arte/educação pela articulação das questões de gênero, classe social e etnia que afetam as comunidades.
Toda cidade forma, todas elas educam, pois todas são resultados de um processo cultural, histórico e social. Assim sendo toda cidade pode ser educadora, pois ela fala de cada um de nós e do outro com o qual o ajudamos a formar.