SILVELIS

O estágio 3 foi muito importante para nossa formação, possibilitou “nos descobrir”na cidade em que vivemos, “nos descobrir” porque durante o percurso realizado povou-se que sabíamos pouco ou nada sobre aquilo que julgávamos conhecer, ao lançar um olhar de forasteiro, de desbravador vimos a cidade como ela é, identificamos suas possibilidades artísco-culturais e os anônimos que fazem a diferença na construção da identidade cultural da cidade. Conhecendo vários lugares fantásticos foi possível identificar aquele que faria para a nossa vivência acadêmica, a porta de entrada, sua exploração contribuiu positivamente para, a elaboração do plano e realização da intervenção e que levou a descobrir outros lugares e atores que seriam decisivos para alcançar os objetivos traçados e assim poder realizar e ajustar a plano com os acontecimentos e imprevistos surgidos, concretizado através das ricas discussões nos fóruns de orientações, onde dúvidas foram esclarecidas, uma luz no escuro da incerteza, do não sei, do estou perdido de cada um, tudo isso foi determinante para aqueles que demonstraram interesse, se empenharam para cumprir todas as etapas propostas permitindo assim a concretização da aquilo pensado, planejado e almejado – a intervenção para satisfação de todos os envolvidos alcançando os objetivos estabelecidos.

Ao chegar o fim das etapas é hora de refletir sobre a vivência e experiência possibilitadas por cada etapa, onde uma se torna possível através da outra. Avaliação do processo deve ser contínua ao longo de cada etapa visando obter respostas para nossas inquietações de acordo com o andamento do processo, uma vez que essa avaliação contínua permite a realização satisfatória de tudo que foi planejado, pois temos assim a oportunidade de correção, de fazer ajustes necessários diante dos imprevistos e com isso alcançar aquilo proposto com a intervenção, ou seja, perturbar as pessoas levá-las a refletir sobre a cidade, seus lugares e atores anônimos, despertando nas pessoas a consciência crítica para os problemas e realidades encontradas e tudo que contribui para a formação da identidade artístico-cultural da cidade, instigando-as a descobrir os lugares por onde circulamos e não percebemos.

Com a realização/concretização da intervenção e pela reação das pessoas abordadas me permito dizer que toda essa experiência foi muito valiosa para mim enquanto acadêmica, para as pessoas da porta de entrada e para aqueles, atores da intervenção, os idosos do asilo, pois as transformações causadas em cada um contribuíram para uma mudança na consciência das pessoas para com aqueles que vivem a margem da sociedade, que muitas vezes são apenas mais um perdido no abandono, na solidão de cada dia esquecido pela família e pela sociedade dentro dos asilos. Portanto afirmo que toda essa experiência valeu muito a pena e posso dizer que deixei minha contribuição para a inserção dos idosos esquecidos nos asilos da cidade, pelo menos assim espero, que tenho despertado nas pessoas a consciência e responsabilidades para com os seus idosos. Com certeza não serei mais a mesma daqui por diante, pois aprendi a olhar a cidade com um olhar de investigadora, olhar da primeira vez de quem procura por algo novo no velho trajeto de cada dia.